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A_Nynhas

É aqui neste cantinho que vou exprimir os meus sentimentos e pensamentos! :)

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A_Nynhas

10
Dez11

Contradição familiar...

anynhasblog

Tenho que cotar a avaliação do 1ºPeríodo dos meus alunos, mas não pude deixar de escrever o que sinto…  Tive mesmo que vir aqui escrever…

 

Ora desde há algum tempo que o meu “relógio biológico” despertou e várias são as vezes em que sonho que sou mãe ou várias vezes manifesto a vontade de o ser…

 

O facto de algumas colegas, ex colegas, amigas e familiares estarem a passar pelo período da maternidade não ajuda a que eu esqueça o instinto que se funde no meu intimo e é difícil não demonstrar a minha vontade.

 

Só que eu não estou compulsivamente obcecada por ser mãe…  eu quero é organizar e orientar a minha vida para a concretização desse desejo.

 

 

 

 

Tipo, alugar casa, ir viver junta com o meu namorado, casar e só depois sim, ter filhos. Por mim tinha uma “equipa” de futebol, mas dadas as condições sócio-económicas não me parece que possa ter mais que dois filhos… e provavelmente já com algum custo.

 

Quem está à minha volta, mãe, pai, avó parecem perceber que eu ando a “tentar” engravidar. Pois várias vezes dou por eles subtilmente a demover-me do meu desejo.

 

 

 

 

A minha mãe como me quer proteger  de eventuais privações e não se sente preparada para que eu abandone o “ninho”, refere que ainda sou nova e que tenho tempo…

Esse argumento dá-me muita raiva pois reclamo que ela com a minha idade já me tinha a mim e já estava casada há 6 anos. Quanto ao ser nova recordo-lhe que ela teve mais dificuldades em engravidar da minha mana aos 31 anos do que de mim aos 24 anos! E um dos meus maiores pânicos é um dia não ser capaz de conceber um filho e ter que recorrer a tratamentos de fertilidade. Penso que isso seria um dia motivo para cair em depressão e ver-me frustrada em relação à vida… Se isso suceder vejo-me inclusive a “fechar-me” para a vida e a perder o gosto pela mesma…

E voltando à minha mãe, ela queixava-se de que mimava extremamente a minha prima visto que só ao fim de 5 anos de casamento é que pode ser mãe !

 

 

 

 

Quanto à minha avó, ela está constantemente a denegrir o papel da maternidade referindo que isso afasta os casais e que um filho “dá muito trabalho”. Cá para mim gostava de saber o que é que nesta vida não dá “trabalho”? Também dá muito trabalho estudar e tirar um curso superior e não foi por isso que não o fiz…

Refere também que um parto é muito doloroso, isto porque ela passou muito mal quando nasceu a minha mãe. Quanto a dores… até agora posso mencionar as mais dolorosas como angústia, medo, dor física de queimadura, dores menstruais, depilação a laser e depilação a cera em algumas zonas … Se ter um bebé são estas dores todas juntas, não me assusto pois a vontade de dar à luz é muita…

Depois a minha avó refere sempre o nascimento de um bebé como a desgraça de uma mulher. Parece que está a falar de mães adolescentes… Eu sei que um filho nos leva a privar de muita coisa… mas senão fosse assim a maternidade não teria o impacto que tem na nossa vida!

 

 

 

Na perspetiva do meu pai, o problema é “atirar” para uma sociedade decadente um filho que vai sofrer mais tarde. Ainda pensei que isto se relacionasse com a parte biológica a nível de futura falta de recursos, buraco do ozono e poluição extrema. E de facto aí dá que pensar… mas ao que parece a falta de água só se vai sentir daqui a cerca de 100 anos… portanto ainda “dá” para os meus filhos viverem!

Mas o meu pai preocupa-se é com a parte económica… Se me dissessem que os meus filhos  vão viver pior que alguns dos meus alunos que não têm instalações sanitárias, pensava duas vezes… Mas de que maneira me posso basear na previsibilidade do meu pai? Ele que me via desempregada… Quando Graças a Deus trabalho não me tem faltado…

As crises económicas vão e vêm… quando eu nasci, na década de 80, também “estávamos” em crise… se o meu pai já beneficiasse do egoísmo relativo à natalidade, eu não estaria aqui…

E quem está a ler este blog não o leria porque ele simplesmente não existeria… enfim… “crise existencial”.

 

 

 

 

Não nego que quero ter filhos! Não nego que ficaria feliz (mas preocupada) se descobrisse que tinha engravidado por algum “descuido”, mas não ando a tentar ter filhos.

Quero ter um dia… depois de percorrer o percurso de vida que estabeleci para mim!

 

O que me separa de começar a caminhar é o facto de o meu namorado ainda não ter uma relativa estabilidade profissional para que possamos alugar casa com alguma segurança…

 

Pois a vontade de viver e estar com ele “24 horas” por dia é muita. Custa-me quando me despeço dele à noite e lhe digo “até amanhã” pois a minha vontade era que ele ficasse comigo e pudesse dormir abraçadinha a ele.

 

 

 

 

Queria acordar e tê-lo ao meu lado e ser a primeira a dar-lhe os bons dias! Preparar-lhe o pequeno-almoço! Recebê-lo em casa quando ele viesse do trabalho com um abraço e um sorriso. Poder estar com ele quer estivesse a preparar aulas, corrigir testes ou a almoçar, ou a ver televisão… Não ter que sair do quentinho de casa , nestes dias frios, para ir ter com ele… pois ele estaria comigo a saborear o nosso lar!

 

 

 

 

A vontade de partilhar a minha vida com ele é muita… só que aqui em casa essa vontade é mal interpretada e ninguém me apoia. A única pessoa que ainda me compreende é a minha irmã. Nós não nos damos mal e ela não quer “correr” comigo, muito pelo contrário! Até porque ela vai ser a principal pessoa de quem vou sentir falta! Mas eu vou estar a escassos minutos de distância dela, portanto não há que dramatizar!

D. Catarina de Bragança foi de Portugal para a Inglaterra, casar com um homem que mal conhecia e que não estava apaixonado por ela. Deixou mãe, irmãs e irmãos! Só voltou a ver a mãe mais uma vez… e aí sim… aí o afastamento por casamento deve ser muito doloroso! Mas não é o meu caso!

 

 

 

 

Os argumentos cá de casa baseiam-se na insistente proteção que têm para comigo. Proteção que chega a ser nociva para o meu crescimento. Claro que vou sentir diferença de não ter que me preocupar com as contas, jantar, almoço, gestão de casa, etc… mas tudo isto faz parte… Se eu estivesse colocada fora da minha cidade teria que gerir igualmente a minha vida… a diferença é que agora não estarei sozinha! Já para não falar de que muita gente estuda a quilómetros de casa e tem que alugar residência para a estadia perto da universidade. Começam logo cedo a gerir a vida sozinhos!  E eu não tenho 18 anos, tenho 26!

Por que há tanta relutância à minha volta?

 

Tantas dúvidas que assombram a minha cabeça, tanta falta de “força” e “apoio moral” que quase parece que estão a impedir-me de cometer um crime!

 

A juntar-se a toda esta negatividade é o facto de o meu namorado não encontrar emprego/estabilidade profissional…

 

Quando é que se vão abrir as portas da oportunidade para mim?

 

 

Quando poderei cumprir os meus projetos?

 

Só espero que 2012 me deixe realizar os meus sonhos e desejos…

 

 

 

NOTA: este foi o primeiro artigo do  blog a ser escrito de acordo com o novo acordo ortográfico.

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